AURORA - LABORATÓRIO DE INOVAÇÃO DO TJDFT

Arquitetura e Interiores: Arquiteta Sandra Henriques

Modelagem 3D e animação: Arquiteto Zanata Martins

Localização: Fórum Desembargador Milton Sebastião Barbosa, Bloco B, Térreo, Ala B - Brasília/DF

O desafio do projeto para o Laboratório de Inovação Aurora foi criar espaços físicos humanizados e flexíveis, que proporcionem uma boa base para o exercício da colaboração e da criatividade numa estrutura mais horizontalizada e multidisciplinar, maximizando o uso dos recursos existentes e incorporando novas soluções necessárias para as transformações e as mudanças na maneira de fazer do TJDFT.

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De olho na sustentabilidade e aplicando princípios da Neuroarquitetura e do Design Biofílico, o objetivo dos espaços do laboratório é proporcionar às equipes flutuantes ambientes que promovam o bem estar, a reconexão com a natureza, o exercício da colaboração e a prototipagem dos novos projetos a serem desenvolvidos.

As soluções presentes no Design Biofílico buscam transformar os locais de convívio, em especial os ambientes de trabalho, em espaços mais saudáveis e produtivos, melhorando a saúde física e mental, redução do stress e elevando o senso de coletividade, o nível de concentração e de criatividade. A palavra biofilia vem do grego Biophilia, sendo bio, “vida”, e philia, amor e o conceito, que vem da vem da biologia e se baseia na conexão inata do ser humano com a natureza (Edward Osborne Wilson, biólogo, 1984).

Assim, foram utilizados materiais naturais como madeira, vegetação, luz natural e aplicação de revestimentos que remetam à natureza e que promovam o bem-estar físico e psicológico. Da mesma forma, foram utilizadas cores que estimulam a criatividade, transparências que promovam a continuidade e fluidez entre os espaços, além de mobiliário e objetos que trazem a atmosfera lúdica para o local.

Como estratégias sustentáveis procuramos utilizar ao máximo os recursos disponíveis no TJDFT tais como materiais e mão de obra dos contratos de manutenção, reuso e reaproveitamento de mobiliário e materiais existentes em depósito em especial madeira natural e elementos metálicos, aplicação de novos materiais de baixo impacto ambiental, maximização do uso de luz natural e mínima intervenção nas estruturas existentes. Ainda foram incorporadas as cautelas sanitárias em função da pandemia tais como área para higienização e guarda dos materiais de uso pessoal e capacho sanitizante no acesso principal.

Os espaços são permeáveis visualmente, com ambientes lúdicos e multifuncionais que podem ser alterados pelo próprio usuário conforme as atividades que serão desenvolvidas e as necessidades e dos grupos, apenas com o reposicionamento do mobiliário.

Uma área de chegada que pode ser utilizada como lounge, miniauditório, área para oficinas, pequenas apresentações e uma infinidade de usos.

Temos ainda uma pequena copa de apoio, seguida por uma grande bancada e banquetas confeccionadas com materiais reutilizados, onde serão disponibilizados pontos para recarga de equipamentos e funcionar ainda como ponto de apoio nos eventos.

Foi criada uma área para equipe fixa, composta de estações de trabalho remodeladas a partir do mobiliário existente e melhor adaptados às tarefas que serão desenvolvidas. Também foi criada uma sala de reuniões e oficinas, equipada com mobiliário modular e dois monitores de TV, além de um espaço com arquibancada composta de módulos soltos, permitindo várias configurações.

A acessibilidade universal será garantida nas áreas internas, com a inclusão de sinalização tátil a partir do acesso principal.

A marca do laboratório, assim como as cores, foram exploradas de forma lúdica e aplicadas em vários pontos nos ambientes. O usuário ainda poderá ter conhecimento das atividades desenvolvidas no laboratório a partir de um outdoor digital localizado na entrada e do acesso a partir de um QR Code aplicado nos locais de maior visibilidade.

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Texto de autoria de Sandra Henriques