top of page

Diálogos com a imprensa

Diálogos com a imprensa foi um evento de dois dias realizado pelo Núcleo Judiciário da Mulher - NJM/TJDFT em parceria com a Assessoria de Comunicação Social - ACS e com o Laboratório de Inovação Aurora nos dias 14 e 21 de agosto deste ano. A programação reuniu profissionais de vários órgãos de comunicação do Distrito Federal para discutir e propor diretrizes para a cobertura midiática de casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres e feminicídios.  As datas foram escolhidas em razão do 17º aniversário da Lei Maria da Penha, que ampara a Semana Justiça pela Paz em Casa.

Programação 

A proposta do NJM era “capacitar, envolver, debater e propor uma forma de atuação cuidadosa e responsável para que a imprensa e comunicadores locais se entendessem enquanto integrantes da Rede de Proteção às Mulheres na

MicrosoftTeams-image (141).png

promoção de abordagens com perspectiva de gênero e na prevenção da violência doméstica”. 

Segundo o Núcleo, a temática da violência doméstica e familiar contra as mulheres tem ocupado as páginas dos meios de comunicação, sobretudo diante dos índices alarmantes de feminicídio no Distrito Federal, conforme divulgação pela Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal – SSP/DF.

Inovação

O desafio apresentado ao Aurora foi o de pensar em uma dinâmica para construir, de forma colaborativa, um Guia de diretrizes de cobertura midiática sobre casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres e feminicídios. O objetivo era que os órgãos de imprensa participantes criassem uma proposta de texto a partir das abordagens percebidas em reportagens sobre o tema. 

Como ponto inicial da dinâmica, o Laboratório, junto ao NJM, propôs um estudo de caso. Nele, jornalistas divididos em grupos puderam identificar e analisar, de reportagens selecionadas: 

  • a narrativa; 

  • a linguagem;  

  • o tratamento dado à vítima e o ao agressor; 

  • as vozes ou fontes das reportagens; 

  • os dados apresentados ou a ausência deles.

Dinâmica

A construção da oficina passou por estudo sobre artigos, manuais e entrevistas, nacionais e internacionais, sobre o tema, como o Manual Universa para Jornalistas e o Guidelines for reporting violence against women, da OurWatch, a fim de já propor sugestões de diretrizes que iniciassem o debate. As boas práticas identificadas foram validadas pelo NJM e, então, numeradas e divididas em categorias. O material foi transformado em cartões e serviu de guia para as discussões e criação da proposta de texto.  

Mão segura cards da dinâmica com participantes ao fundo.

Em uma etapa seguinte, os grupos usaram um painel para classificar as boas práticas em: aprovadas, aperfeiçoadas, rejeitadas, novas e conteúdo extra. As sugestões consideradas prontas para integrar o guia foram levadas para o espaço “Aprovadas”. Mesmo procedimento foi usado para as rejeitadas e as que precisavam de aperfeiçoamento. Nesse segundo caso, os participantes já indicavam as melhorias necessárias em post its no campo específico.

Nos 2 campos de criação livre (Novas e Conteúdo extra), os grupos foram convidados a refletir se algo essencial ficou de fora ou se haveria algum tipo de informação importante para constar nesse documento, além das próprias diretrizes, que pudesse contribuir com o trabalho de todos nas redações. 

Painel desenvolvido para a dinâmica
Material da dinâmica

Resultados

Como resultado da oficina, houve a construção coletiva da estrutura inicial do Guia de cobertura midiática sobre crimes de violência doméstica e feminicídios. O material produzido foi encaminhado ao NJM e parceiros para ser analisado. Uma proposta final deverá ser consolidada e publicada ainda este ano.

Mídia

O evento repercutiu na mídia e a sua cobertura completa pode ser acessada nos seguintes links: 

bottom of page